Estudante

A violência não é uma mancha da sociedade contemporânea. Ela acompanha o homem desde os seus primórdios, mas, a cada tempo, ela se manifesta de formas e em circunstâncias diferentes. Em uma sociedade onde a competição e a desigualdade se acentuam cada vez mais, não é de se estranhar que esses índices aumentem em decorrência de tantos fatores. Segundo o Ministério da Saúde, crescem mais rápido os crimes que envolvem a prática de violência, como os homicídios, roubos, sequestros e os estupros. Esse crescimento veio acompanhado de mudanças substantivas nos padrões de criminalidade individual bem como no perfil das pessoas envolvidas com a delinquência.
O desenvolvimento tecnológico, econômico, social, religioso, filosófico e ambiental, entre outros, contribuem para a formação de novos circuitos sociais, entretanto, não eliminando circuitos primitivos que emergem em determinadas circunstâncias. O melhor conceito de violência é utilizado por Rocha (1996):

A violência, sob todas as formas de suas inúmeras manifestações, pode ser considerada como uma vis, vale dizer, como uma força que transgride os limites dos seres humanos, tanto na sua realidade física e psíquica, quanto no campo de suas realizações sociais, éticas, estéticas, políticas e religiosas. Em outras palavras, a violência, sob todas as suas formas, desrespeita os direitos fundamentais do ser humano, sem os quais o homem deixa de ser considerado como sujeito de direitos e de deveres, e passa a ser olhado como um puro e simples objeto.

E quando falamos dos motivos dessa violência, que tanto intimidam a população a ponto da própria se trancar em fortalezas construídas para a sua segurança, muitos são os fatores que influenciam tais delitos e consequentemente obrigam a sociedade a adotar tais condutas preventivas. Segundo Sérgio Adorno, em seu artigo “Crime e violência na sociedade brasileira contemporânea” as explicações para a violência na sociedade brasileira se dá em três direções: 1. Mudanças na