Estudante
Inicialmente, o autor aborda sobre a crise dos paradigmas epistemológicos contemporâneos que são caracterizados na objetividade, na racionalidade e na experimentação. O paradigma contemporâneo se resume no método científico, que foi adotado como o modelo de construção do conhecimento através do modelo indutivo-experimental de Galileu e do modelo dedutivo de Descartes, que imperaram no meio intelectual desde o Renascimento. Entretanto, xxx aponta para o surgimento de um novo paradigma que advém de uma prática popular caracterizada pela subjetividade e pelo improviso, chamada de gambiarra. A gambiarra possui elementos comuns como a precariedade de recursos, a sustentabilidade, a inventividade, o reaproveitamento ou uma nova forma de uso de tecnologias, dentre outros. Este método ganhou um valor cultural e começou a abranger outras esferas sociais, inclusive as artes. De acordo com xxx a gambiarra sugere “o mundo cotidiano, a cidade, a diversidade como lugar transformador que é capaz de desprogramar qualquer objetividade ou formulação pronta.”(xxx, 2013, pg4). É uma forma de construção e reconstrução do conhecimento, semelhante ao processo de bricolagem, formulado pelo antropólogo Lévi-Strauss para explicar o pensamento mítico, onde o bricoleur faz novos arranjos com elementos já existentes.
Além destes conceitos xxx relata como a rua se transforma em um espaço de criação e de construção do saber cotidiano. A partir do conceito de Roberto Da Matta sobre a rua como espacialidade