Estudante
Em outubro de 1989, William S. Lind, Keith Nightengale, Joseph Sutton, Gary Wilson e John Schmitt divulgaram nas revistas Marine Corps Gazette e Military Review uma série de artigos nos quais expunham um novo conceito, a saber, o conceito de “guerra de quarta geração” (fourth generation warfare – 4GW). Segundo esses autores, as guerras tenderão a ser travadas cada vez em um nível menos formal, envolvendo grupos baseados em unidades reduzidas, com grande independência operacional e desvinculados de um aparato estatal específico. Esse conceito exposto em 1989 não poderia deixar de ser considerado com maior seriedade nos dias de hoje, onde guerras interestatais são cada vez mais escassas, as forças armadas necessitam enfrentar inimigos de difícil definição prática e frequentemente se veem envolvidas em operações de contra insurgência. Nesse sentido, esse texto busca delinear de maneira muito breve a necessidade de maior implementação de meios não cinéticos (programa de empregos, serviços de educação,etc) e uma maior confluência entre os meios cinéticos (armas, instrumentos explosivos, tropas, etc) e não cinéticos. Em um segundo momento, o texto tratará da incorporação estratégica de um meio não cinético específico, a saber, as mídias sociais. Meios Não-Cinéticos O contexto do campo de batalha atual está relacionado ao fracasso da utilização majoritária dos meios cinéticos em detrimento dos demais meios. Um exemplo é a ocupação do Iraque. A vitória dos EUA e aliados na operação Iraqi Freedom se perdeu em meio ao caos, ao terrorismo e ascensão de diversos grupos insurgentes no momento posterior a queda do regime de Saddam Hussein. A estratégia americana para a região pedia ações rápidas e o povo dos EUA, assim como seu sistema político, não costumam estar dispostos a manter uma guerra durante longos períodos de tempo. Isso significa que durante boa parte da ocupação, as forças armadas ocupantes mantiveram uma forte