Estudante
Prezado Amigo, willians
Estamos vivendo novos tempos. Momentos muito difíceis em que precisamos nos unir para que não fiquemos sem alternativa de trabalho.
A Revolução Industrial se instalou de forma concreta, e hoje, já não encontramos nosso precioso material de trabalho, pois toda matéria prima está direcionada para a indústria e, como é de se esperar, para os fornecedores é de mais valia vender em grandes quantidades do que para nós pequenos artesãos. Logo, logo ficaremos esquecidos e chegaremos ao fracasso, como faremos para que a nossa profissão não sofra os danos que certamente, deste jeito, hão de chegar, visto que a indústria fabrica em larga escala e facilmente as pessoas se renderão a esse tipo de mercado. O que faremos para sobreviver com nossas famílias? Tal pergunta me atormenta, creio que a ti também.
A dificuldade é tanta que meus filhos já não tem estimulo para dar continuidade ao oficio de família. Constantemente o meu primogênito manifesta o desejo de mudar de nosso vilarejo para a metrópole em busca de uma nova profissão. Se ele for mesmo, será de grande tristeza para mim, já que a muitas gerações este ofício este em nosso sangue. Como bom pai, terei que aceitar sua decisão, mas lamento que seu sonho de uma vida melhor se depare com as condições dos proletários na metrópole. Fiquei sabendo que os empregados ganham muito pouco, trabalham em locais sujos e pouco arejados, sem condições de higiene, as jornadas de trabalho são muito extensas e mulheres e crianças dividem o trabalho que é dos homens. Fico muito temeroso ao me imaginar sem condições de ganhar meu sustento e de minha família, com o que de melhor sei fazer. Lembro-me da satisfação em confeccionar o primeiro terno, pois antes da entrega o cliente experimentava e tudo saía a contento. Já com a industrialização, o produto é vendido pronto, sem escolha, a não ser de cor e tamanho, a personalização não existe mais. Tudo isso me entristece