Estudante
Capitulo 1
Freud começa sua obra apontando a necessidade das pessoas que buscam falsos padrões de avaliação; substituem aquilo que é importante para a vida, pois buscam padrões que são diferentes entre os próprios homens, por exemplo: alguns tem a necessidade da admiração, enquanto outros não. A minoria das pessoas estimam aqueles que se afastam dessa busca, já a grande maioria estima as pessoas afortunadas.
Em algumas correspondências, há a presença da discussão acerca da religiosidade; o amigo de Freud afirmava que a religiosidade é um sentimento peculiar, um “sentimento oceânico” (perseverança), um sentimento de algo ilimitado, mas não universal; é puramente subjetivo e não faz mensão à imortalidade da alma. Esse sentimento religioso independe da religião.
Freud, porém, não experimentou esse sentimento religioso; o autor afirma que não há como cientificar um sentimento, a fisiologia pode apenas caracterizá-lo. Ele aponta a ideia que pressupõe o vínculo do homem com o mundo, a religiosidade é um consolo para o sujeito preso no mundo, seu vínculo com o mundo é, porém, inquebrável. O filósofo não nega a existência desse sentimento, mas afirma que a posição de seu amigo não é totalmente racional porque está inclinada para seus sentimentos.
Ele tentará justificar o sentimento religioso dirigido para o mundo, pela psicanálise. Inicia sua reflexão com a certeza do eu, não um eu cartesiano, mas, o próprio ego: o ego demarca uma linha entre a interioridade e o mundo. Entretanto, no auge do amor essa linha é apagada implicando numa consideração do mundo e do ego como uma coisa só; o amor propicia às perturbações que a patologia, em seus estudos sobre as inclinações, nos familiarizou.
Há uma diferença entre o ego adulto do ego infantil; por exempli, uma criança recém nascida não distingue o ego do mundo, vai fazê-lo gradualmente, o ego é contrastado com um objeto exterior. Logo, ele descobre a distinção do ego com o