Estudante

INTRODUÇÃO - A explicação do comportamento humano provocou desde sempre a atenção dos investigadores para a sua justificação, tendo em conta que os motivos que conduzem a determinado comportamento humano são múltiplos e complexos, variando de pessoa para pessoa e até na mesma pessoa ele é variável e imprevisível ao longo da sua vida, consoante as mudanças verificadas aos mais diversos níveis, nomeadamente, social, cultural, económico, de saúde, etc. Ao passo que nos outros animais os comportamentos são, de certa forma, previsíveis, no homem eles transcendem a própria genética, “Segundo Nuttin (1985) a motivação é uma força que age sobre um sujeito e o põe em movimento; é uma energia que ao libertar-se põe a máquina a funcionar.” (Pinto, 2001:216). Diego Jorge González Serra, professor de psicologia da Universidade de La Habana, em Cuba, considera a motivação como “a complexa integração de processos psíquicos que efetua a regulação indutora do comportamento, pois determina a direção (para o objeto alvo procurado ou o objeto evitado), a intensidade e o sentido (de aproximação ou evitação) do comportamento” (Serra, 2008:52).
DESENVOLVIMENTO - A conceituação de motivação revela-se muito complexa não só pelos múltiplos critérios das abordagens, como também pela enorme diversidade de motivos. No entanto, os conceitos mais citados são “as necessidades, impulsos, incentivos e motivos.” (Pinto, 2001:216). Desenvolveram-se, assim, diversas teorias que buscam uma explicação quer através dos fatores biológicos, quer através dos fatores sociais. As primeiras destacam as pulsões, os instintos e os impulsos, enquanto as segundas dão particular relevo às influências culturais e sociais e do grupo onde se inserem os indivíduos. Os objetivos pessoais e de realização têm especial importância para as teorias cognitivas. Das teorias biológicas, que “defendem a existência de necessidades básicas no organismo, produzidas por estados de privação” (Pinto, 2001:219), salientamos: a teoria