Estudante

Piadinhas grosseiras
Mariany Oliveira dos Santos
Quando a conta da mesa é pedida e é direcionada ao homem, ouvir que mulher não sabe dirigir, “você não sabe cozinhar? Assim não vai conseguir casar nunca, tem que ser prendada”, tolerar piadas grosseiras de desconhecidos na rua, não poder andar sozinha em lugares em horários tardios só por ser mulher, ser chamada de “puta, piranha, vagabunda, cachorra”, ser ignorada quando opinar sobre assuntos “masculinos”, não poder usar roupas curtas por medo dos abusos que podem sofrer essas e muitas outras situações nós mulheres enfrentamos todos os dias. Depois de tanto tempo... como a sociedade ainda tem esse preconceito contra as mulheres?
Tantas coisas já foram conquistadas pelas mulheres, mas parece que ninguém se lembra disso quando somos criticadas, assediadas, estupradas e entre outras coisas que vemos em jornais, programas de noticiário, programas de radio. Conquistamos o direito de cursar educação elementar, de participar dos Jogos Olímpicos, de votar e ainda esses machistas vêm falar que não podemos fazer isso e aquilo. Isso é inadmissível.
“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...” de acordo com a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, e essa violência cada vez mais tem um aumento significativo. Segundo o IBGE, cerca de 75 mil casos de violência contra a mulher ocorreram só em 2011.
Quando vamos poder andar na rua com a roupa que queremos a qualquer hora do dia sem ser obrigada a tolerar piadinhas grosserias ou ser abusada? Quando os homens pararem de nos tratar somente como objetos. Quando não vamos ser criticadas por opinar ou exercer sobre assuntos “masculinos”? Quando os homens perceberem que as mulheres tem capacidade suficiente para