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Resenha comparativa entre “Instinto de nacionalidade” e “Discurso sobre a história da literatura no Brasil”

Por: Caio Conccilo Martins RA: 154909

Machado de Assis e Domingos José Gonçalves de Magalhães produziram textos abordando a nacionalidade no âmbito da literatura.
Em “Instinto de nacionalidade” Machado de Assis trata da situação da literatura brasileira no momento em que ele escrevia. Nesse estudo ele considera não existir uma literatura brasileira independente, principalmente, das literaturas europeias. Para alcançar essa independência Machado diz: “... não se fará num dia, mas pausadamente, para sair mais duradoura; não será obra de uma geração nem duas; muitas trabalharão para ela até perfazê-la de todo.”.
Duas críticas importantes no estudo são a falta de uma crítica literária institucionalizada, o que empobrece a literatura, pois a deixa carente de discernimentos referentes ao valor das obras, e o excesso de subjetividade que o autor percebe nos escritores do seu momento, subjetividade que é, aos olhos de Machado, ainda mais frequente e mais falha ao tratar os aspectos da natureza brasileira.
Gonçalves de Magalhães em seu “discurso sobre a história da literatura no Brasil” faz uma viagem histórica em busca de encontrar bases para fundamentar uma literatura brasileira. Durante essa viagem Magalhães eleva a literatura como o “espirito de um povo”, sendo assim é sempre necessário que haja literatura. Ele também trata das dificuldades para o florescimento da literatura no país, abordando então a condição colonial que o país viveu e a língua portuguesa, que segundo ele era uma língua pouco reconhecida na Europa.
O autor conclui que no momento não havia uma literatura livre da portuguesa e que para que isso fosse alcançado era preciso uma ideia sublime, um gênio, que inspirado pela riqueza física, natural, do Brasil somado ao seu talento genial construísse uma literatura genuinamente brasileira.
A inspiração que pode ser