Estudante
Número 2
Jul/Dez 2013
Doc. 7
Rev. Bras. de Casos de Ensino em Administração
ISSN 2179-135X
________________________________________________________________________________________________
LIVRARIA NOBEL: OS DILEMAS DO CRESCIMENTO
ANGELA DA ROCHA – amc.darocha@gmail.com
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
RENATO COTTA DE MELLO – renato@coppead.ufrj.br
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
GILBERTO FIGUEIRA DA SILVA – gilbertofigueira@gmail.com
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ, Brasil
Submetido em 15/11/2012, aceito para publicação em 02/09/2013
_______________________________________________________________________________________________
Era o ano de 2012, e a direção da rede de livrarias Nobel podia comemorar os excelentes resultados obtidos em seu negócio. O mercado brasileiro de livros vinha se expandindo nos últimos anos, graças à passagem de um novo segmento da população à classe média, que começava a valorizar a leitura como símbolo de status e instrumento de ascensão social. Outros mercados relacionados, como o de educação e o de jornais, também viviam um período de forte expansão no
Brasil. De modo geral, podia-se dizer que havia excelentes perspectivas de expansão no mercado doméstico, mas se impunha especial atenção a ele nesse momento, pois, se a Nobel não aproveitasse o período favorável, outras empresas e outros canais de venda de livros poderiam ocupar o espaço existente. Por exemplo, a empresa enfrentava a concorrência das megastores, como a rede Saraiva, do comércio eletrônico de livros e, ainda, da venda direta, porta a porta, que começava a se fortalecer, atendendo ao mesmo segmento, particularmente em regiões que não estavam bem atendidas por livrarias. A direção da empresa via a operação internacional como importante para o futuro, mas, ao mesmo tempo, alguns membros da diretoria indagavam-se