Estudante
Pontos Principais
1 - Naturalmente que a definição desse esforço desta disposição e gestos são componentes importantes de um certo modo do que se pode entender como empatia. Parece este entretanto, um modo grosseiro e pior que isso, um modo possível de gerar mal-entendidos que comprometem basicamente o que se quer ter por empatia.
2 - Este modo de concepção perde o que existe de fundamental no processo de relação empática na medida em que o cliente é no caso constituído como objeto de relação e de conhecimento.
3 - Para compreendermos efetivamos a empatia a preservação de seu caráter duplo de transformação existencial tanto do cliente quanto do terapeuta. Mas isto é fundamental enfatizar que é exatamente a interação pontual desses processos simultâneos de transformação existencial que se configura como relação empática, ainda fundamental compreender que em momento algum na efetiva relação empática, o cliente e muito menos o terapeuta é objeto de relação de conhecimento ou de uso.
4 - Assim podemos entender que a empatia é fundamentalmente um processo existencial de dupla constituição a empatia cria e recria o si mesmo do terapeuta, ao mesmo tempo em que torna possível a criação e recriação do cliente. " O outro é uma modificação do meu eu". (Russer)
5 - O equívoco comum quando se concebe normalmente a ideia de empatia é o de julgar que esta consiste atomisticamente, numa apreensão do estado do outro. Quase o outro fosse um continente de cujo conteúdo eu quisesse e pudesse cognitivamente apropriar-me.
6 - Mecanicamente, o terapeuta parece tentar a reprodução cognitiva em si próprio do que ele imagina aprender do cliente como objeto de atenção.
No limite, o que acontece é um esboroamento das diferenças existentes e engendradas como processo de diferenciação entre terapeuta e cliente....
7 - Compreender o outro em sua particularidade é fundamental e inevitavelmente relacionar-se com o diferente, com a diferença