Estudante
O livro começa contando o final da história, quando Martim parte levando seu filho, o jovem Moacir, rumo a Portugal, logo após a morte de sua esposa Iracema.
Durante uma retrospectiva, tem inicio a história de Iracema, narrada por um narrador observador onisciente. Iracema, também conhecida como a “virgem dos lábios de mel”, aquela “que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira” é uma índia guerreira da nação tabajara, se põe a caminhar pela floresta acompanha da “graciosa ará” (uma ave da espécie Jandaia). De repente, eis que Martim surge por entre as folhagens este, “tem na face o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas”. Surpresa e amedrontada, a virgem fere o guerreiro com uma flechada no rosto. Arrependida, a índia corre até ele e oferece-lhe hospitalidade, quebrando uma flecha da paz que, como o próprio nome já diz, era entre os indígenas uma forma simbólica de estabelecer a paz entre guerreiros inimigos.
Assim, Martim é recebido com grande hospitalidade na cabana de Araquém, pai de Iracema. Araquém diz a Martim que esse é bem –vindo à sua cabana e que os tabajaras tinham mil guerreiros para defendê-lo e mulheres em abundancia para servi-lo. Martim conta ao pajé que, uma vez que o bravo Poti havia plantado com ele a árvore da amizade, este é amigo dos pitiguaras, tribo inimiga dos tabajaras. Contudo Araquém afirma ao estrangeiro que este é bem-vindo em sua taba e que pode ficar o tempo que quiser.
Ao cair da noite, Araquém sai de sua taba deixado seu hóspede sozinho para que este fosse servido pelas mais belas índias da tribo. O jovem branco estranha que dentre elas não estivesse Iracema, mais tarde esta lhe explica que não poderia servi-lo, pois era ela a responsável por guardar “o segredo da jurema e o mistério do sonho’.
Naquela mesma noite, enquanto os tabajaras recepcionavam festivamente Irapuã, pretendente de Iracema que vinha para comandar uma luta