estudante
Na obra: o existencialismo é um humanismo. Sartre visa esclarecer uma série de pontos a respeito da sua filosofia, o existencialismo. O pensador começa sua obra rebatendo as criticas feita a sua doutrina, em especial aquelas dirigidas por marxistas (o existencialismo seria uma filosofia que prega a contemplação, luxo burguês) e por católicos (o existencialismo passa uma imagem negativa do ser humano [“esquecemos o sorriso da criança”] e por transformar a moral num reino de relatividade radical, por tirar Deus de cena). Sartre nos adianta que, ao contrário do que pensam, o existencialismo se caracterizará tanto por um humanismo, no sentido de que há uma construção da subjetividade humana.
O filosofo define duas escolas existencialistas: o existencialismo cristão, de confissão católica. onde inclui Jaspers e Marcel e o existencialismo ateu, onde coloca Heidegger e ele próprio como representantes. Sartre enfatiza que o que tem de comum entre as duas escolas é o fato delas admitirem que a existência precede a essência .Em um outro ponto Sartre aponta, paradoxalmente, que o existencialismo não está preocupado em fornecer uma prova da inexistência de Deus e que a existência ou não dele é indiferente para todo seu sistema filosófico, seja no plano ontológico ou moral.
Sartre apresenta sua tese de que “a existência precede a essência” ele está dizendo em O existencialismo é um humanismo, que não temos natureza humana, não somos determinados por nada, existimos por nós mesmos, construímos a nós mesmos, daí o humanismo do existencialismo, a doutrina preconiza uma construção de si mesmo: “O homem nada mais é do que aquilo que ele faz a si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo” Uma coisa é claramente consequência da outra, na medida em que não há natureza que nos determine, só nos resta a nós mesmos, após sermos impactados pelos fenômenos do mundo, nos constituirmos enquanto seres