estudante

1

ELLIS, Rod, Second Language Acquisition, Oxford, OUP, 1997:73-88.
Diferenças individuais na aquisição de L2
Apesar de haver aspectos universais, a investigação reconhece que há diferenças individuais na aquisição de L2. Factores sociais relativos ao contexto de aprendizagem têm influência sobre o sucesso individual dos aprendentes de L2 e, muito provavelmente, também na forma como a interlíngua se desenvolve. Examinemos, então, algumas das dimensões psicológicas das diferenças, que são muitas e variadas.
Factores emocionais, como a personalidade dos aprendentes, podem influenciar o nível de ansiedade e a preparação para aceitarem correr riscos na aprendizagem e uso de L2.
As preferências que os aprendentes de L2 têm por determinadas formas de aprendizagem (os chamados “estilos de aprendizagem”) podem influenciar a sua orientação para um certo tipo de tarefa ou tipo de input (por exemplo, falado ou escrito).
Focaremos aqui duas destas dimensões psicológicas – a aptidão e a motivação – e exploraremos a forma como as diferenças no uso das estratégias de aprendizagem podem afectar o desenvolvimento, na aquisição de uma língua.

Aptidão linguística
Tem sido afirmado que as pessoas diferem quanto à sua aptidão natural para a aprendizagem de uma L2. Esta capacidade, conhecida como aptidão linguística, em parte, parece estar relacionada com uma inteligência geral e, em parte, parece ser distinta.
Trabalhos recentes de John Carrol permitiram a identificação de um conjunto de características, que variam de sujeito para sujeito, relacionáveis com a aptidão linguística. Estas características são:
1. Capacidade para a codificação fonémica – a capacidade de identificar os sons de uma língua estrangeira de forma a poder, mais tarde, recordar esses sons. Esta capacidade inclui também a capacidade para dominar a relação fonema / grafema (por exemplo, identificar o som codificado pelo grafema /x/);
2. Sensibilidade gramatical – a capacidade para