estudante
(Maria Helena Martins) O livro descreve que leitura não é só a interpretação de códigos (letras), mais o nosso cotidiano, nossas relações afetivas e interpessoais, nossas subjetividades e nossas relações com a sociedade que é necessária para a formação sócia histórica do ser humano.
Começamos a aprender a ler a partir dos nossos primeiros contatos com o mundo, através do carinho, do amor, do respeito dos nossos pais. A partir daí começamos a ter nossos primeiros passos para aprender a ler e interpretar o mundo.
E como Paulo Freire diz, “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém educa a si mesmo; os homens se educam em comunhão mediatizados pelo mundo.” Pois, aprendemos a ser solitários, a amar, dar carinho sozinho através do envolvimento com os outros seres humanos.
Na obra a autora transmite-nos informações relevantes sob a importância da leitura desde os primórdios e como ajuda no desenvolvimento da capacidade intelectual e física do indivíduo, assim como a evolução do processo de leitura com o passar das gerações.
O livro apresenta tipos de leituras, não somente ler palavras, mas fazer leituras de situações, para não nos tornamos seres alienados.
O nível sensorial traduz no primeiro contato com o texto ou situação. O nível emocional nos leva a interpretação subjetiva que o nível sensorial nos trouxe, enquanto que o nível racional (presente em textos narrativos) busca a interpretação correta, a objetividade dentro da situação ou texto em leitura. Pensando bem caso venhamos a ler um livro, assistirmos a um filme ou ouvirmos uma canção mais de uma vez poderão ter várias interpretações, porque na combinação desses níveis apresentados serão em doses diferentes, abrindo espaço para um nível predominante.
O livro também nos evoca a considerar se leitura é importante, então passaria a produzir textos para mostrar sua percepção sobre o mundo diferente dos olhos dos autores.