Estudante
Durante a trajetória de evolução da espécie humana, é marcante a presença de pessoas que se dedicaram a refletir sobre as questões relativas ao ser humano e sua relação consigo próprio, com os outros e com o mundo. Principalmente, desde os primórdios e em diferentes culturas antigas, observa-se um interesse fundamental em localizar onde estaria situada a mente (ou a alma). De fato, podemos observar uma ocorrência sistemática de propostas que procuravam lidar com questões ligadas à relação entre a mente e o corpo ao longo do desenvolvimento de diversas civilizações antigas. Destas reflexões surgiram correntes de pensamento que resultaram em contribuições importantes, alguns deles com efetiva influência no pensamento da humanidade como um todo. Talvez a tentativa de esclarecer exatamente o que significa e como é “possuir uma mente” esteja no centro de toda tradição filosófica ocidental.
Entretanto, nenhuma outra cultura deixou marcas ainda tão presentes no pensamento ocidental quanto a civilização antiga grega. De fato, é seguro afirmar que a origem de todo pensamento ocidental se encontra no pensamento antigo grego. Segundo Russel (2002), a filosofia e a ciência, tal como as conhecemos, são invenções gregas. Desde o surgimento da filosofia na Grécia e até mesmo antes, os homens não cessaram de se indagar sobre a singularidade e a origem do pensamento humano. Curiosos acerca à estrutura da Natureza e seu funcionamento e interessados em compreender os fenômenos naturais em termos racionais, os filósofos gregos se esforçaram em construir um conhecimento sem recorrer à religião ou aos mitos.
Assim, como seres historicamente situados, as concepções e as ações que norteiam o nosso viver, carregam consigo influências do pensamento filosófico desde a Antiga Grécia até os dias atuais. Fica clara a existência de um fio comum que percorre toda a tradição, de Platão até agora, relacionando esses diferentes debates em uma discussão