Estudante
No projeto em conjunto, que resultou da renúncia de Lúcio Costa a seu projeto inicial, e proposta de participação do segundo colocado no concurso, Oscar Niemeyer, os prazos eram curtos, e a pressa para a execução desse edifício, fez com que os arquitetos brasileiros de deslocassem para um escritório próximo à Feira em abril de 1938.
Tendo vetada a revivência estilística, e tendo como tema “O mundo de amanhã”, foi feita pela Comissão de Arquitetura da Feira, restrição às réplicas e estruturas de estilo tradicional, a imposição por edifícios baixos, para que os visitantes pudessem vislumbrar as construções da feira contrapondo-se aos arranha céus de Manhattan, e preferência por formas simplificadas e fluídas.
Foi enfatizado pela Comissão de Arquitetos, que a Bienal seria uma oportunidade para que a civilização brasileira fosse representada. Getúlio Vargas, que estava presente no dia da divulgação dos resultados, disse considerar oportuno o ressalto dos valores nacionais na arte, como em outros campos. E os autores do pavilhão apresentaram absolutamente o melhor de seu gênio para traduzir a expressão do ambiente brasileiro.
A escolha de Lúcio Costa como vencedor do concurso, se deu, segundo o júri, principalmente pela apreciação da atmosfera que Lúcio imprimiu no espaço de socialização. Havia um entrosamento da rua com o Pátio, que tirava o foco do longo percurso, o uso de modernas técnicas de construção, e a tradução do “espírito de brasilidade”. O projeto de Niemeyer se destacou pelo menor percurso, economia, e funcionalidade.
Como Costa diz em “Registro de uma vivência” (1995), estava em jogo a causa da boa arquitetura, e a orientação de Niemeyer veio a se tornar predominante, mas diante dos rumores de subordinação a ele, declarou considerar o convite para que Niemeyer trabalhasse em conjunto como prova suficiente de distinção, e que os talentos de ambos eram complementares.
O pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York continua