Estudante
Está em evidência nas últimas semanas o caso da dona de casa
Fabiane Maria que foi espancada até a morte por pessoas influenciadas por boatos da internet. Neles, fazia-se referência a supostos atos de bruxaria realizada com crianças. Devido à posterior comprovação de que tais boatos eram falsos, as pessoas ficaram injuriadas, alegando que a mulher foi ferida injustamente. Esse caso gerou grande repercussão e levou a duras críticas relacionadas ao ato de fazer justiça com as próprias mãos. O principal argumento utilizado para criticar a ação dos autores desse crime foi a ideia de que o cidadão comum não possui tal direito de fazer justiça. Esse direito e, acima de tudo, dever, está, na verdade, localizada nas mãos do governo.
Apesar de a segurança ser um direito de todo o cidadão, de acordo com a atual Constituição, é possível afirmar que o governo não está conseguindo ser tão eficiente nesse quesito como deveria. Os altos índices de assaltos, assassinatos e estupros, por exemplo, são desanimadores, principalmente, para nós, paulistas conscientes e injuriados a respeito de nossa situação política e social. Essa insatisfação atinge com maior intensidade a parcela de advogados entre nós, que entende exatamente como a Constituição deveria ser executada, mas não é.
Os motivos que permeiam tal ineficiência são inúmeros. Dentre eles, há dois fatores que se destacam. O primeiro deles é a quantidade de casos a serem resolvidos, que excedem capacidade de do setor judiciário de solucionálos. Já o segundo, o mais influente, é a falta de igualdade nos julgamentos mediante ao "status" e à condição econômica do réu.
Nessa perspectiva, são esses fatores os responsáveis pela situação problemática brasileira e, mais do que isso, é o governo e sua falta de atitude que lhe permite ganhar força. Para resolvermos essa situação, é necessário que tomemos algumas medidas. Primeiramente, o ideal seria que os