Estudante
A saúde dos trabalhadores é alterada no contexto da reestruturação produtiva que deriva de um ambiente social, político e econômico, marcado pelas crises dos anos 60 e 70. As empresas começam a se reestruturar não somente pelo acirramento da concorrência, mas também por conflitos sociais relacionados às formas tradicionais de organização do trabalho e da produção. A maior integração e flexibilidade das empresas surgem como uma forma de reagir à crise social e de aumentar a produtividade num mercado instável (ANTUNES,2001).
Estudos apresentam os ganhos individuais e sociais provenientes da introdução do uso da informática nas sociedades de consumo - aumento da produtividade, melhoria da qualidade, oportunidade individual, exploração de novas ideias, aprendizagem, entretenimento e cooperação - buscando então a otimização da atividade humana. Paralelamente a esses aspectos positivos, destacam-se alguns problemas decorrentes da era da informática, tais como: ansiedade, aumento das diferenças existentes entre as classes sociais, sentimento de impotência por parte do indivíduo, fragilidade organizacional, invasão de privacidade, desemprego e remanejamento de pessoal, excessiva valorização do computador em detrimento de características e capacidades humanas (ABRAHÃO, et al., 2002).
As lesões por esforços repetitivos representam de 80 a 90 % dos diagnósticos de doenças profissionais da Previdência Social. A abordagem que prepondera em estudos sobre o tema, que derivam em práticas reducionistas, confunde trabalho repetitivo com trabalho automatizado e reforça o mito do trabalho