Estudante
As lesões periodontais agudas são classificadas como quadro agudo mais frequente dentre as urgências odontológicas.
A pericoronarite pode ser definida com um estado inflamatório de caráter infeccioso ou não, envolvendo o tecido mole que recobre a coroa de um dente, geralmente está associado ao terceiro molar. Várias são as causas de pericoronarite, dentre elas: sulco distal profundo, dificuldade de higiene local, trauma mecânico e impactação alimentar.
Os sinais e sintomas mais frequentes na pericoronarite são: Dor, opérculo gengival, trismo e Flutuação. O tratamento consiste em remoção do opérculo e exodontia do elemento.
Quando bem tratada, o processo dura de alguns dias a uma semana, porém quando negligenciados os princípios de cirurgia há um risco potencial de disseminação para as estruturas adjacentes. A situação onde esta pode causar maiores problemas é quando o dente em questão, por transtornos de erupção permanecerá semi-incluso, promovendo recidivas da inflamação no âmbito dos quadros infecciosos odontogênicos .
Sendo assim, dever-se-ia esperar uma alta prevalência de pericoronarites durante a erupção da primeira e segunda dentição. Entretanto, esta doença raramente ocorre neste período, sendo a incidência aumentada somente na adolescência tardia até a juventude, durante o tempo de erupção dos terceiros molares .
Os microorganismos na pericoronarite são basicamente os mesmos que estão presentes na placa dental, ou seja, ela é causada pela microbiota indígena que é encontrada normalmente na cavidade bucal. Trabalhos demonstraram a presença nos sítios de pericoronarite de anaeróbios gram-negativos e formas móveis de espiroquetas. Além dessas cepas de bactérias, outras colônias foram identificadas, como de fusobacteria, bacteróides, peptococus, pepto-streptococcus, actinomyces, treponemas, e eubactérias.
Apesar de comum, a pericoronarite pode em alguns casos sofrer disseminação, promovendo processos infecciosos mais