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O bairro do Santo Antônio além do Carmo é um dos mais antigos de Salvador e possui um histórico muito rico. Ele se encontra no Centro Histórico de Salvador, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1984, e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade, em 1985.
A área compreendida pela zona do Passo, Carmo e Santo Antônio, corresponde ao trecho definido como 1º Distrito da antiga Freguesia de Santo Antônio Além do Carmo. A urbanização mais sistemática desta área data de meados do século XVII, a partir da consolidação do vetor norte de expansão da cidade. A origem deste vetor foi condicionada tanto pela instalação de algumas instituições religiosas a norte da cidade murada, iniciada com a fundação do convento do Carmo, ainda em 1586, quanto pela sua articulação com a Estrada das Boiadas, principal via de comunicação terrestre entre Salvador, o Recôncavo açucareiro e o sertão do gado.
Do ponto de vista de sua morfologia urbana observa-se que, também em Santo Antônio, não foi mantida a regularidade do traçado viário que caracterizou a zona mais central, correspondente à cidade intramuros. Limitado pelos bairros Barbalho e Carmo, ele vai do largo de Santo Antônio, oficialmente chamado de Largo do Barão do Triunfo, até a Rua do Taboão.
Seu nome, além do Carmo, faz referência ao portão da cidade que ficava no Convento do Carmo. Portanto, o bairro ia além dos limites murados da cidade de Salvador na época.
O Convento do Carmo mesmo, faz parte da história do bairro desde do início. Em 1592, quando a ordem carmelita vem para o Brasil, eles se instalam em Salvador em um terreno, constroem um convento com dimensões pequenas, e uma igreja com a fachada virada para o Taboão. Porém em 1813, a Igreja de Santo Antônio Além do Carmo é reconstruída, e toma o porte da construção que existe nos dias de hoje. O convento hoje é restaurado e