estudante
Curso: Bacharelado em fisioterapia
Disciplina: Epidemiologia
Professor: Lavoisier
História da saúde pública no Brasil
Rafael Rolim de Albuquerque
Cajazeiras – Pb.
2008
As primeiras referências sobre as terras e os indígenas descobertos em 1500 por Pedro Álvares Cabral davam a idéia de um paraíso terreno. A beleza e a grandiosidade das paisagens, a riqueza da alimentação, a pureza das águas e o clima ameno combinavam, aos olhos do europeu, com a saúde dos habitantes do Novo Mundo. Segundo as descrições, os índios que ocupavam a região litorânea do Brasil eram robustos e ágeis, desconhecendo as mortais enfermidades que naquele período ceifavam milhares de vidas em todo o continente europeu. A forte tendência idealizadora que marcou a composição das primeiras imagens do Brasil durou pouco. O “paraíso” tropical anunciado pelos marinheiros quando retornavam para seus portos de origem foi logo substituído pela versão oposta. Já no século XVII a colônia portuguesa da América era identificada com o “inferno”, onde os colonizadores brancos e os escravos africanos tinham poucas chances de sobrevivência. Os poucos médicos e cirurgiões que se instalaram no Brasil encontraram todo tipo de dificuldade para exercer a profissão. Além do imenso território e da pobreza da maior parte dos habitantes, que não podiam pagar uma consulta, o povo tinha medo de se submeter aos tratamentos. Baseado em purgantes e sangrias ( ato de extrair sangue do corpo do enfermo, com o objetivo de cura-lo), esses tratamentos em geral enfraqueciam os pacientes e causavam a morte daqueles em estado mais grave. A ausência de serviços de saúde eficientes fazia com que a orientação dos médicos só fosse aceita em épocas de epidemia, por exemplo, em surtos de varíola. A varíola – então chamada de mal das bexigas – era uma doença conhecida desde 3000 a.C. pelos povos do Oriente e da África. É provável que tenha vindo