Estudante
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANSA
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA ANTROPOLOGIA DO BRASIL INDÍGENA
PROFESSOR LEONARDO LESSIN
18.06.2014
Referente ao texto de Oliveira Filho, João Pacheco de. /Ensaios em Antropologia histórica./Editora UFRJ, 1999.
A problemática dos “Índios misturados” É evidente no decorrer da leitura de que, o autor deixa claro que sua intenção não é propagar conhecimentos já estabelecidos por outros antropólogos e estudiosos da área, mas sim ínsita a crítica e pensar sobre o conhecimento que já existe, sobre os avanços que tem contribuído para o pesquisador, e que o desenvolvimento de um conhecimento é válido mediante suas correções e dentro dessa busca novos conhecimentos. Assim mesmo é citado no texto “A minha inspiração nessa aventura – assim como alguns outros exercícios teóricos – é a crença de que todo avanço do conhecimento só é possível por meio da crítica e da retificação das certezas anteriores.” (pag. 102). É de se pensar que se tratando de povos indígenas e suas culturas não se pode limitar nada dentre estes conhecimentos, pois não há cultura indígena, e sim, culturas. Sendo assim não tem como limitar ou mesmo enquadrar um povo em teorias e regulamentos estatais sociais. “Muitas vezes os antropólogos que estudam populações indígenas incidem no mesmo vício positivista, supondo que cultura é um conjunto de objetos e que totalidade é a soma do conhecimento das partes, pretendendo distinguir-se uns dos outros de acordo com unidades sociais específicas que estudaram com maior intensidade.” (pag. 103) É importante que a antropologia vá além do positivismo, pois a etnologia é um instrumento para se interpretar de forma mais próxima dos usos e costumes de um povo, não para desmerecer um povo de seus direitos quando já não se obtém interpretações coerentes (no caso, que se enquadre nos interesses provenientes de outras partes) como se fosse exatamente isso que garantisse os direitos