Importância da filosofia A filosofia traz em seu surgimento o dilema dicotômico da ação e do pensamento, com isso pode-se alcançar uma discussão a respeito dos meandros filosóficos e do papel da especulação reflexiva. O homem é capaz de ação e de pensamento, que entre os gregos a relação era práxis e theoría. A ação é a atividade resultante do envolvimento humano (participar de jogos, assinar um decreto, etc.) sendo assim, é aquele que age, que participa, se esforça, e tem um envolvimento físico. Quando se pensa, é necessário um isolamento, a não participação, para ser possível a observação (theoría) e se analisar (ana-lisis), com isso consegue-se ter uma explicação coerente dos fatos que estão em decorrência, pois o individuo observa. Pitágoras, a quem se atribuiu a criação do termo filosofia, como forma de designar aquele que ainda não alcançou a sabedoria, mas é amigo da sabedoria, pois busca encontra-la. No pensamento pitagórico, filosofo não é aquele que age, é aquele que observa, embora o observador não participe de nenhuma atividade, é ele que tem a ampla visão do que esta acontecendo, enquanto aquele que é imerso na ação, não pode ter a noção da conjuntura dos acontecimentos. Não há ação sem decisão, toda a ação esta intimamente ligada à decisão (decidere), figura-se como ato de coragem, dar resposta a uma demanda, etc., o maior desafio de decidir é o re-pensar, porquê, como, e para que se decide. Ação é responder por condutas positivas ou negativas a estímulos de diversas naturezas. Daí se pode falar em ação com estimulo moral, em ação jurídica, em ação afetiva... O que há de comum a todas é o fato de necessitarem de decisões e reclamarem por respostas. A atitude tipicamente filosófica é aquela que absorve pela observação, e não ação, ou mesmo decisão, é totalmente racional, estabelecendo relações e atribuindo sentidos aos fenômenos analisados. Investigar e não agir é a sua proposta. Nesse sentido que a filosofia pode representar