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Surgimento do comércio na Idade Média
No século XIII com o fim das Cruzadas ocorreu uma grande alteração no quadro econômico europeu que resultou na abertura do Mar Mediterrâneo e no chamado Renascimento Urbano e Comercial. Todas estas mudanças ajudaram a colocar um ponto final no já decadente Sistema Feudal.
Com as Cruzadas surgiram as primeiras rotas comerciais formadas pelos antigos cavaleiros que, ao retornarem a Europa, iam saqueando as cidades orientais e vendendo as mercadorias adquiridas (jóias, tecidos, temperos, etc.) pelo caminho. Durante esse período, estes mesmos mercadores, como forma de proteção, começam a construir cidades protegidas por muralhas, conhecidas como burgos. Os burgos abrigavam também os camponeses, que com a decadência do feudalismo e consequente perda de poder dos senhores feudais, deixam os feudos e buscam refúgio nestas fortalezas. Originalmente, o termo burguês era usado para se referir a estas pessoas que residiam nos burgos. Mas aos poucos o termo passou a ser usado para designar um grupo que começava a se estabelecer como força econômica, a transformar os meios de produção e que se dedicava às atividades usura comerciais. Esses comerciantes tinham o lucro como objetivo, chamado também de usura, prática que por muito tempo foi condenada pala Igreja Católica, a maior instituição da época. Do ponto de vista ético, a prática da também era vista como desonesta pela maioria das culturas e civilizações da época. Nos séculos XVII e XVIII a burguesia teve grande importância no declínio do sistema absolutista apoiando diversas revoluções, que ficariam conhecidas como revoluções burguesas, como, por exemplo, a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa, deixando assim, o caminho livre para a expansão do capitalismo e para a propagação da “filosofia burguesa”, da qual se originaram os conceitos de livre comércio, liberdade pessoal, direitos religiosos e civis.
Durante os séculos XI, XII e XIII, a população européia teve um aumento