estudante
Ao contrário do que muitos leigos pensam a psicologia no Brasil tem uma história complexa, dividida em três períodos. O primeiro denominado pré-profissional ocorreu de 1833 a 1890. Nessa época houve a criação dos cursos de medicina na Bahia e no Rio de Janeiro (1833), que apresentaram interesse e desenvolveram estudos relacionados a assuntos psicológicos.
Portanto, “Até o início do século XIX, não havia no Brasil uma psicologia propriamente dita, com terminologia própria, um conhecimento definido ou uma prática reconhecida. Mesmo assim, era crescente o interesse da elite brasileira pela produção e aplicação de saberes psicológicos” (Pessotti, 1988). O segundo período, de profissionalização, é compreendido entre 1890/1906 e 1975, e abrange a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais. Sendo assim, a psicologia estava inicialmente inserida na medicina e no campo da educação, como disciplina nas escolas normais, por causa da reforma de Benjamim Constant (1890). Logo após criaram-se o primeiro laboratório experimental em educação (1906) e o código de ética da profissão (1975), que colaboraram no processo de institucionalização e reconhecimento da psicologia. Desde então a profissão passa a ter um conhecimento próprio, tornando-se detentora de um mercado de trabalho ainda compartilhado com a medicina e a educação. No terceiro período (1975) a organização da profissãoproporcionou o surgimento de práticas em diferentes áreas. O desenvolvimento da psicologia desde o período pré-profissionalpossibilitou o reconhecimento da psicologia como profissão, de