Estudante
Este aspecto, relacionado com o surgimento do encantamento amoroso e com o interesse sexual feminino, precisa ser mais bem entendido e talvez reavaliado. Sim, porque são muitos os casos em que fica muito difícil distinguir amor de puro interesse. Até hoje, quando as moças de 15-16 anos de idade falam dos rapazes que elas admiram e gostariam de namorar, sempre falam que eles são os mais alguma coisa: os mais populares, os mais ricos, os mais bonitos, os mais engraçados ou inteligentes. Faz tempo que não ouço uma moça falar que achou graça em um rapaz porque ele tem um sorriso encantador, um olhar sincero, um jeito de ser delicado. Os critérios de admiração delas ficaram e estão até hoje profundamente comprometidos com um sutil jogo de interesses práticos. Parece que elas ainda olham para os rapazes como seres que deverão lhes ajudar a avançar, a subir um degrau na escalada social. Não pensam no companheirismo. Até hoje são estimuladas a pensar que os bons parceiros são os vencedores, aqueles que se destacam em algum aspecto relevante da vida social.
Separar de forma mais clara amor de interesse seria mais uma das sugestões que gostaria de fazer para que as pessoas possam se afastar dos padrões culturais que nos foram transmitidos. É preciso que os critérios de valor sejam levados mais a