estudante
“AULA”
ROLAND BARTHES
“EM CADA LINGUA DORME UM MONSTRO”
Roland Barthes afirma que a linguagem é o objeto em que se inscreve o poder. Todavia, a luta contra o estereótipo e seu reino é a tática mais segura para evitar que o discurso se enraíze nas tentações do autoritarismo. Todo o discurso, desde os proferidos pela escola, ou pelo Estado, na forma de suas várias instituições, até mesmo o que constitui as opiniões correntes, ou mesmo uma canção, encarrega-se de repetir a linguagem até o momento em que os sentidos das palavras nos pareçam naturais, como se a linguagem existisse antes mesmo do surgimento das sociedades e de suas construções de poder. É a palavra repetida, fora de qualquer encantamento ou magia, que Barthes chama de estereótipo: Os signos só existem na medida em que são reconhecidos. " o signo é seguidor e gregário; em cada signo dorme um monstro, um estereótipo: nunca posso falar senão recolhendo aquilo que se arrasta na língua”
A aula é a demonstração da tentativa de subversão do discurso. É um convite ao jogo. Que jogo? Ora da caça, ora da fuga do estereótipo, ora das trapaças do narrador.
No começo de seu discurso, Barthes deixa claro que o cerne de sua argumentação é o poder e a dominação exercida por quem o detém.
Nesta linha de raciocínio, ele demonstra que a língua, por ser o tecido básico que une os seres humanos em torno de uma mesmo meio social, reflete as estruturas de poder existentes nesta sociedade.
Por ser Barthes um intelectual engajado com a reforma e o aprimoramento desta obra social, ele caminha pelo ramo da semiologia e da literatura desvelando os artifícios e aberrações contidas no código, que vêm a perpetuar as agonizantes injustiças de nossa sociedade.
Com sua afirmação de que “Em cada língua dorme um monstro”, ele aponta para três problemáticas:
1 - O caráter fascista da linguagem, que se caracteriza pela