Estudante
Entende-se por Idade Média o período de tempo compreendido entre a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., e a tomada de Constantinopla pelos turcos, que ocorreu em 1453, com a queda do Império Bizantino.
Muitos pensam que é um momento de pouca produção cultural, passando a ser desprezada por muitos estudiosos. Portanto, na verdade, é um período riquíssimo na história, pelo qual ocorreram inúmeras transformações na sociedade, a visão de mundo do homem, e por consequência o direito passou todos esses momentos, modificando a forma de regular o estado e a vida social.
No período da Baixa Idade Média ocorreu o desaparecimento das cidades, em certa medida motivada pela parca agropecuária, que se limitava a garantir o sustento dos senhores de terras. Em verdade, não havia mercado, tal como conhecemos hoje, porque a produção agrária era de subsistência e havia circulação mínima de moeda (dinheiro). Os produtos eram trocados por outros, caracterizada a economia baseada no escambo de mercadorias.
Alta Idade Média o trabalho passou a ser desenvolvido sob o regime de servidão, em contraposição ao regime escravocrata anterior. O servo é figura bem diferente do escravo e passou a ter algumas prerrogativas, como se casar, instituir família e deixar aos herdeiros os seus bens materiais, não obstante ser dependente e subordinado ao seu senhor de terras. Essa "liberdade" ao servo promoveu incentivos ao aumento da produção, já que, trabalhando mais, teriam melhores condições de vida.
O desenvolvimento da sociedade feudal ocorreu em virtude da ausência de um governo estatal e toda a Europa estava marcada pelas grandes propriedades de terra, chamadas feudos, onde vigorava a vontade e o poder do seu proprietário, o senhor feudal. A relação feudal se estabelecia verbalmente, mas há registros da realização de contratos vassálicos, que geravam direitos e deveres para ambas as partes envolvidas. O senhor feudal, chamado também de suserano não podia