Estudante
Após a Primeira Guerra Mundial a Europa estava arrasada, principalmente a França, Alemanha, Itália e países da Europa Oriental. A guerra deixou o solo contaminado, a infraestrutura estava devastada, as indústrias destruídas, e assim houve um crescente desemprego, forte endividamento e não apenas isso, como o aprofundamento dos conflitos sociais, e o crescimento do movimento operário socialista na Rússia, ou seja, o panorama da Europa pós-Primeira Guerra foi de violência e radicalização de grupos sociais na convivência com o caos que se alastrava no continente. Mas esta realidade não se aplicava a outros países, como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, África do Sul, Índia e parte da América do Sul. Na verdade, esses países tiveram suas economias estimuladas, pois estavam afastados das frentes de batalha e foram fornecedores de matérias primas e produtos para uma Europa arrasada. Os Estados Unidos foram os grandes beneficiados com o conflito, tornaram-se a base dos negócios internacionais e os maiores credores da Europa, agora endividada pela guerra. Os Estados Unidos emprestavam a curto prazo para Estados e Cidades da Europa, estavam dispostos a oferecerem altos juros na utilização destes recursos, estavam se beneficiando dos estragos da guerra para adquirirem mais riquezas. Os Estados Unidos dependiam menos do comércio exterior, pois tinham como estrutura um mercado interno em ascensão, que estimulava a atividade industrial, e o contexto econômico norte-americano foi marcado por um clima de euforia e prosperidade. A alta produção agrícola mecanizada, a grande atividade comercial no plano interno e externo e a elevada produção industrial, contribuíram para o aquecimento do consumo por parte da classe média norte-americana, levando muitos investidores a depositarem suas esperanças na Bolsa de Valores de New York. Diante deste deslumbramento social, veio à tona a crise de superprodução. A oferta da produção agrícola e