Estudante
Apalavra de quem cala Todos que lidamos com terapia sabemos que a palavra é muito importante além de sua original função que é narrar experiências, ela também eficientemente catártica. Acima disto, também por meio da palavra toda pessoa se anuncia, se constitui e se afirma. Talvez um importante desafio da psicoterapia seja devolver a voz a quem cala, um desafio que vai de encontro a todo um conjunto de empobrecimento cultural, domínio visual, gestual e desvalorização da palavra. Mas de qualquer forma, lembremos que “Não se pode não comunicar. O silêncio ou qualquer outra forma de renúncia já é em si uma comunicação.
A preocupação do terapeuta Que o terapeuta saiba que a palavra falada não é a única forma de comunicação. Que o terapeuta não desenvolva qualquer ansiedade ou grande expectativa para que a pessoa fale: é muito importante em terapia respeitar o ritmo, o momento e a subjetividade do paciente. Que o terapeuta se torne um facilitador da comunicação. Que o terapeuta faça em momentos adequados, perguntas que facilitem ao paciente a utilização da palavra falada.
Simulação de terapia TERAPEUTA- O que levou você a fazer terapia? (silêncio) TERAPEUTA- O que eu quis perguntar é: o que te levou a aceitar vir a o psicólogo? CINTIA- Eu não quis vir... TERAPEUTA- Mas mesmo assim... CINTIA- É que eles me obrigaram. TERAPEUTA- Eles?