Resenha do documentário Lixo Extraordinário O artista plástico Vik Muniz, foi o criador de belos retratos utoilizando materiais recolhidos no Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário do mundo. Em 2009, o Museu de Arte Moderna abrigou uma exposição que registrou um dos maiores números de visitas em toda a história do espaço. Porém, visualizar de perto a criatividade e beleza das imagens não seria suficiente para nos aproximarmos da experiência que elas representaram para Vik Muniz e todos os envolvidos. O documentário “Lixo Extraordinário”, filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), foi indicado ao Oscar de melhor documentário e surge para criar este vínculo. Maravilhosas, as artes criadas por Vik são realizadas através de fotografias que ele tirou de cada catador voluntário. Num esforço conjunto, os retratos são ampliados e preenchidos por inúmeros materiais coletados no Jardim Gramacho. Neste registro não fica de fora o panorama de histórias tristes traçadas por cada um desses personagens. Com isto, “Lixo Extraordinário” se transforma em um documentário irretocável não em carregar no drama das histórias que esses catadores têm para contar, mas em apontar a arte como agente de um recomeço que eles tanto mereciam. Segundo Vik, o lixo é para onde as pessoas jogam o que não querem mais, assim como os catadores de lixo, que vivem à margem da sociedade. O documentário registra o processo de trabalho artístico de Vik Muniz. Ele deixa seus estúdios nos EUA e vem conhecer de perto como é a vida dos catadores; aos poucos conhece alguns deles e diz o que pretende. Quer transformar o lixo — a matéria prima e de sobrevivência daqueles trabalhadores — em arte, mas com a parceria e colaboração deles. E assim é feito.
O filme é a construção dos painéis em que os catadores de lixo são retratados e viram as estrelas principais. Depois de fotografados, as imagens escolhidas dos catadores são projetadas de uma altura gigantesca no chão e nessa hora a