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Resumo: Este artigo busca esclarecer e discutir os sentidos atribuídos à crise na Baixa Idade Média, que é geralmente entendida apenas como um encerramento catastrófico. São apresentados os impulsos formadores dessa concepção, sendo explanados os aspectos gerais de certas estruturas medievais que desembocaram em momentos conturbados. Busca-se essencialmente definir a relevância de um olhar diversificado para este momento, baseando-se em justificativas que apontam os significativos resultados, e em exemplificações que contribuem para o alcance deste objetivo.
Palavras-chave: crise, dragões, moinhos
Iniciamos este trabalho apresentando o termo Baixa Idade Média, período referente aos séculos XIV-XVI, onde focaremos nossa discussão. Sendo que não nos prenderemos a esta temporalidade, em algumas circunstâncias levantaremos ocorridos de outros momentos da Idade Média. E damos importância ao esclarecimento de que ao tomarmos esses recortes não pretendemos determinar com exatidão quanto aos seus princípios ou términos. Pois a realização de tal proeza seria análoga à captura de fumaça com as mãos. Enfatizaremos a envergadura associada a um regresso que a Idade Média recebeu devido à crise que surpreendeu o medievo. Propondo o esclarecimento que os abalos equivocadamente interpretados do ultimo período medieval, terminaram por auxiliar a camuflagem dessa idade de quase mil anos. Assim em um primeiro instante direcionaremos nossa atenção a analise de algumas estruturas medievais. Tentando explicar a constituição da imagem monstruosa da crise. E acrescentar um possível sentido ambíguo ao entendimento destes momentos conturbados. Nesta polarização de sentidos, dividimos a argumentação nas explicações da construção da imagem de um dragão e as justificativas da comparação com moinhos.
Sabemos que dragões são monstros fictícios, que apresentam uma horrenda aparência. Mas como se