estudante
A característica comum aos pré-socráticos é a preocupação com o mundo natural (physis, em grego), daí serem também chamados de fisiólogos. Ao tentar explicar a natureza das coisas reduzindo sua multiplicidade a um único princípio, eles rompem com a forma de pensamento do mundo antigo. Inauguram uma nova mentalidade baseada na razão e não mais no sobrenatural e na tradição mítica.
Tales de Mileto, Anaximandro (611 a.C.?-547 a.C.) e Anaxímenes (570 a.C.?-500 a.C.), da escola de Mileto, colônia grega na Ásia Menor, estão entre os primeiros pré-socráticos.
Para Tales, a água é a origem de todas as coisas. Anaximandro acha que a substância primeira é o infinito ou a matéria ilimitada, da qual provêm todos os seres finitos e limitados. Já Anaxímenes acredita que é do ar que derivam todas as coisas, por causa de seu movimento duplo de rarefação e condensação.
Nascido em Éfeso, outra colônia grega, Heráclito (544 a.C.?-480 a.C.?) defende que as coisas se produzem a partir da estrutura contraditória e movediça do real e do logos (a razão).
Daí elas existirem em permanente contradição e fluência. A escola de Eléia opõe-se a essa tese e, com Parmênides (530 a.C.?-460 a.C.?) e outros filósofos, identifica a existência de uma verdade imutável e um ser completo, uno e imóvel. Discípulo dessa escola, Empédocles (493 a.C.?-430 a.C.?) de Agrigento nomeia como substâncias fundamentais os quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo.
Sua tese e a filosofia do atomismo, de Demócrito, da escola de Abdera, procuram conciliar a mobilidade e a multiplicidade do ser, de Heráclito, com a idéia da unidade e imobilidade, de Parmênides.
No lugar dos quatro elementos, Demócrito acredita que a realidade é composta de átomos e