estudante
História da Macrobiótica por Francisco Varatojo
Neste artigo optei por fazer uma abordagem geral à saúde, na tentativa de criar uma reflexão e auto-avaliação sobre o que realmente significa sermos ou não saudáveis.
Para a maioria das pessoas, técnicos de saúde incluídos, a Saúde é meramente uma ausência de sintomas físicos ou emocionais; se não tivermos um problema diagnosticado somos saudáveis mesmo que no dia-a-dia nos sintamos terrivelmente mal; é comuns (demasiado comum, acrescentaria) nos dias de hoje termos pessoas que não se sentem de todo bem consigo mesmas e que após uma bateria de testes sanguíneos, raios X, ecografias, chegam à conclusão de que estão em perfeita forma e que não têm a mínima razão para se queixarem. Contudo, os sintomas de mal-estar persistem e a sensação de que não estando doente também não se está suficientemente bem, é real.
Também, temos a ideia de que a saúde e a doença são estados absolutos - ou estamos (somos) saudáveis ou estamos (somos) doentes, não havendo estados intermédios, não existindo um determinado processo numa direcção ou outra.
Para mim, saúde e doença não são de forma alguma estados absolutos, mas sim processos contínuos de transformação: nunca estamos absolutamente saudáveis nem absolutamente doentes e paradoxalmente adoecemos na tentativa de recuperarmos a saúde, ou seja, num todo o organismo tende sempre a criar harmonia e saúde relativas.
Vejo a saúde e a doença como processos, como uma questão de orientação na vida: podemos estar num processo de saúde quando alinhamos as diferentes áreas da nossa vida (alimentação, exercício, atitude e outros) numa direcção produtiva para nós e para os outros ou num processo de doença quando os diferentes factores da nossa existência estão desalinhados entre si e não são coerentes ou consequentes.
A saúde tem essencialmente a ver com a forma como nos adaptamos ao meio em que vivemos e somos tão saudáveis quanto a nossa adaptação a factores físicos,