estudante
Analisando o capitulo inicial da autora, podemos perceber que a estória do conto originou-se com a civilização humana através das noticias e dos fatos reais, ou não, que as pessoas contavam para assustar ou enfatizar a historia ou seus feitos. Antigamente os contos eram transmitidos oralmente e com o passar dos séculos passaram a ser escritos, podendo ser publicados em jornais e revistas. Através dessa evolução estética, podemos citar os Contos dos Mágicos (contos egípcios), a Odisseia (Homero), a estória de Caim e Abel (Bíblia), Sherazade, Decameron (Bocaccio), Contes de Ma Mère Loye (Charles Perrault) e Edgar Allan Poe (contista e teórico do conto). As estórias podem ser de conquista, perda, folclore, dentre outros, o importante é que o contador tenha um bom argumento e desenvoltura para “prender” a atenção do ouvinte, deixando-o curioso, com um gostinho de quero mais para saber da continuação do conto. O conto, hoje em dia, não possui uma definição, uma característica, uma maneira certa de escrever ou uma receita. Os autores tem a liberdade de produzir e criar, tornando-o narrativo, com uma linguagem simples, direta e acessível, além de poder estar presente em uma novela, filme ou peça de teatro. O importante é que sua evolução deu origem aos contos satíricos, de fadas entre outros.
Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente
Trecho no qual a alcoviteira Brízida Vaz chega à barca infernal:
Assim que o padre embarcou, chegou a barca do diabo uma prostituta chamada BrígidaVaz, que foi logo perguntando:
Brígida: Olá, tem alguém ai?
Diabo: Quem está me chamando?
Brígida: Brígida Vaz.
Diabo: Espere rapaz. Como ela não vem?
Barqueiro: Ela diz que não entrará sem Joana de Valdês.
Diabo: Entre e reme.
Brígida: Não vou entrar.
Diabo: Sua teimosia é prazerosa.
Brígida: Não é esta barca que procuro.
Diabo: E o que você traz contigo?