Estudante
A memória pantaneira no curso do rio Paraguai, autor: Álvaro Banducci.
O autor, observou em suas pesquisa um elevado e constante fluxo de pessoas, de trabalho e de mercadorias, que aproxima consideravelmente os dois povos em sua vivência cotidiana. Local de integração, de trocas comerciais e culturais, a fronteira é também espaço de rupturas e conflitos, lugar de comércio ilícito, tráfico de drogas e território de confrontos políticos e nacionalistas. Às relações fraternas entre os dois povos, comumente exaltadas nos discursos oficiais, interpõem-se situações de tensão, frequentemente denunciadas pelos canais de informação, numa complexa dinâmica de trocas e confrontos sociais e culturais, que se intensificam com o advento e a consolidação da atividade turística, ali configurada pelo comércio de bens importados.
Diante desse contexto de permanente e significativo contato com a alteridade, este trabalho se volta para o estudo do modo como as relações entre brasileiros e paraguaios têm se estabelecido e se conformado num território em que a condição fronteiriça, historicamente constituída, passa, gradativamente, a ser permeada e condicionada por novos referenciais decorrentes da presença estrangeira, estimulada pelo turismo.
Seu propósito é, a partir da análise das representações culturais e de nacionalidades, constituídas num ambiente de relações transfronteiriças e de contato promovido pelo turismo, interpretar o significado das construções identitárias e sua influência nas relações com a alteridade na fronteira do Brasil com o Paraguai. Atualmente, são inúmeros os debates que os pesquisadores e estudiosos do turismo, juntamente com os antropólogos sobre a antropologia feita para o turismo.
O autor tem como objetivo – entre outros - tornar possível a construção de um diálogo entre estes dois campos do saber, situando a antropologia e o conceito de cultura, utilizados no campo do turismo. O turismo é um fenômeno crescente no Brasil e no mundo e