Estudante
(...) a revolução keynesiana, como costuma ser chamada a intervenção de Keynes no debate acadêmico, conferiu aos economistas a capacidade de verificar o comportamento e a evolução da economia de um país numa dimensão sistêmica, ou seja, não só medindo produção, renda e consumo, mas fazendo isso de modo a perceber exatamente a relação entre esses agregados e a lógica do sistema econômico como um todo. (PAULANI & BOBIK , 2007, p. 4)
Por razões que ficarão claras mais à frente, a contabilidade empresarial, com seu princípio das partidas dobradas – a um lançamento a débito, deve sempre corresponder um outro de mesmo valor a crédito – e com sua exigência de equilíbrio interno – exigência de igualdade entre o valor do débito e o do crédito em cada uma das contas – e de equilíbrio externo – necessidade de equilíbrio entre todas as contas do sistema -, mostrou-se um instrumento bastante adequado para dar conta da tarefa de mensurar sistêmica e logicamente a evolução dos agregados econômicos. (PAULANI & BOBIK , 2007, p. 4)
No sistema econômico em que vivemos, tudo pode ser avaliado monetariamente, de modo que toda a imensa gama de diferentes bens e serviços que uma economia é capaz de produzir pode ser transformada em algo de mesma substância, ou seja, moeda ou dinheiro. (PAULANI & BOBIK , 2007, p. 7)
A troca implica, portanto, duas operações, que são o inverso uma da outra – o comprador troca $ 10 por uma camisa e o vendedor troca uma camisa por $ 10 -, mas que, do ponto de vista analítico, conformam uma identidade, já que uma não pode existir sem a outra. (PAULANI & BOBIK , 2007, p. 8)
Uma identidade contábil A ≡ B não implica nenhuma relação de causa e efeito da variável A para a variável B ou vice-versa. (PAULANI & BOBIK , 2007, p. 9)
Para se chegar ao valor do produto da economia, ou produto agregado, é preciso deduzir do valor bruto da produção o valor do consumo intermediário. (PAULANI & BOBIK , 2007, p. 11)
A ótica da despesa ou ótica