Estudante
Linfomas são neoplasias caracterizadas pela proliferação clonal de linfócitos malignos. Também conhecidos como linfossarcoma ou linfoma maligno, originam-se principalmente de órgãos linfóides, como medula óssea, timo, baço, fígado e linfonodos.
Em bovinos é a leucose enzoótica bovina que é uma doença de origem viral responsável pela origem do linfossarcoma . O vírus responsável pela doença pertence à família Retroviridae e ao gênero Deltaretrovírus, este é um vírus envelopado com morfologia icosaédrica. O linfoma pode apresentar diferentes localizações anatômicas, sendo classificado em multicêntrico, mediastinal (ou tímico), alimentar, cutâneo e extranodal.
Os sinais clínicos dependem de sua localização, mas os mais frequentes são: vômito, diarréia e esteatorréia secundários à síndrome da má absorção, podendo ocorrer obstrução parcial do intestino, conseqüente ao espessamento segmentar do intestino. O sinal clássico da doença é o aumento dos linfonodos, inicialmente dos submandibulares, pré-escapulares e axilares, progredindo para linfadenomegalia generalizada.
O diagnóstico de linfoma maligno pode ser feito tanto por histopatológia como por citologia, devendo-se fazer um diferencial para leucemia linfóide (em que as células linfóides neoplásicas se originam na medula óssea).
Neste trabalho, são revisados o agente etiológico, patogenia, sinais clínicos e as alterações de necropsia e histopatológica do linfossarcoma, doença que atinge tanto pequenos animais quanto grandes animais que tem grande importância econômica para o Brasil e o mundo.
REVISÃO DE LITERATURA
Ao longo dos tempos a neoplasia foi definida de diversas formas. Atualmente sabe-se que as principais diferenças entre células normais e células neoplásicas são: a proliferação de células neoplásicas é descontrolada e ocorre independentemente da necessidade de novas células; o processo de diferenciação celular é deficiente nas células neoplásicas (BAIN, 1995; ETTINGER & FELDMAN, 1997).