Estudante
O que gera conflitos no campo científico envolvem duas dimensões: a política e a epistemológica.
As escolhas de a qual instituição um cientista ingressa para trabalhar, bem como o método empregado, técnicas e recursos não escolhidos ao acaso, mas sim por uma luta de poder no campo científico por prestígio e reconhecimento dos seus concorrentes.
Com isso há a criação de uma ciência dominante, para um grupo que consegue impor aos demais a “forma correta” de se fazer ciência. Os demais tem de se aproximar o máximo possível deste padrão específico para chegarem perto do correto. O campo científico pode ser comparado a um “campo de batalha” que irá construir uma história de vencedores e vencidos. A autoridade científica se converte em uma espécie de capital social.
O campo científico tem uma estrutura que tem origem numa série de hierarquizações baseadas no capital social e simbólico que um cientista alcança ao longo de sua carreira, fazendo com que a escolha de certo tema de pesquisa se compare a um investimento. Isto é, tudo baseado em proporcionar um “lucro simbólico” àqueles que alcançam reconhecimento em determinada área de conhecimento.
Dois são os principais fatores estratégicos que estão presentes nos conflitos existentes no campo científico: os que querem a conservação do presente estado, e os que, visam uma mudança da ordem científica estabelecida.
A primeira estratégia tem como adeptos o grupo dominante que tem por objetivo manter a ordem atual, à qual se vinculam, e que se encontram em posição de ditar e definir o que é ou não é científico, através de sua autoridade já estabelecida. E também aos iniciante que querem se acomodar em trazer avanços