Estudante
No canto IX temos a viagem a Calecut e o regresso da armada a Portugal. No entanto, Vénus pretende premiar os nautas portugueses, fazendo com que estes desembarcassem na Ilha dos Amores. Deste modo, o poeta explica a simbologia da ilha e por fim faz a suas reflexões e algumas considerações a cerca da imortalidade e ainda como se deve alcançar a fama.
Leitura e Análise do Poema – Estância 92
Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo
Que o ânimo, de livre, faz escravo.
Frase da estrofe: O poeta de uma maneira ou outra incita a que o ócio ignavo ( mais precisamente o facto de não fazer nada)não é um aspecto positivo para os que querem “ter o mundo a seus pés”, isto é, se realmente desejam ser bem sucedidos.
• Leitura e Análise do Poema – Estância 93
E pondo na cobiça um freio duro,*
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe** e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque essas honras vãs, esse ouro puro,
Verdadeiro valor não dão à gente.
Milhor é merecê-los sem os ter,***
Que possuí-los sem os merecer.
*Peça de metal que se coloca na boca dos cavalos para os guiar. Neste contexto para por na boca dos tiranos, cobiçosos e ambiciosos.
** Embaraço
*** Arquiteto do Museu de Serralves Siza Vieira (ex.)
- Esta estrofe dá para dividir em duas metades (4 versos), nos primeiros o poeta condena a cobiça, ambição e tirania e nos outros 4 realça a falta de valor que isso dá ao Homem.
Frase para a estrofe : o poeta condena a cobiça, a ambição e a tirania pois com estas não se alcança a verdadeira fama e glória nem dão valor ao Homem.
• Leitura e Análise do Poema – Estância 94
Ou dai na paz as leis iguais*, constantes,
Que aos grandes não dem os dos pequenos*,
Ou vos vestis nas armas rutilantes,**
Contra a lei dos inimigos Sarracenos**:
Fareis os reinos grandes e possantes,**
E todos sereis mais e nenhum menos*: