estruturas depressivas
As estruturas depressivas englobam grande parte das situações mais comuns da psiquiatria da infância e adolescência. O seu diagnóstico não é difícil mas por vezes estão à mistura outros quadros, contudo, os estados depressivos na infância e adolescência expressa-se em vários sinais e sintomas que variam consoante a idade, o sexo, e condicionantes a nível familiar e social.
Os sinais precoces são por exemplo o olhar, que pode ser ávido, onde procura alguém que o consiga compreender, pode ser frágil, medroso, evitante ou desconfiado.
Existe ainda uma enorme dificuldade em perceber como estes estados depressivos possam estar subjacentes a crianças tão pequenas. Existem vários níveis depressivos, porém os mais comuns são as falhas narcísicas, frágil auto-estima e uma imagem negativa e distorcida de si própria.
Nas falhas narcísicas dependem em muito, da imagem que a criança recebe ao longo do seu desenvolvimento através das suas figuras parentais mais próximas. Esta imagem que lhes é transmitida constitui a base do seu desenvolvimento a este nível.
As estruturas depressivas são ainda condicionadas por acontecimentos exteriores como a ausência, o vazio, que marcam a criança levando-a a um estado de vulnerabilidade.
A nível de frágil auto-estima e a imagem distorcida esta muitas vezes é expressa através da comunicação verbal, recorrendo a expressões como “não sou nada bom”, “preferia morrer”, ou por outro lado, a denegação “comigo está tudo bem, não há problema algum”.
Por outro lado, estas crianças idealizam muito o real “o meu pai vem buscar-me num grande carrão”.
A nível de reacções de estruturas depressivas estas podem provocar alterações alimentares e de sono, que são muito comuns, pois são a forma mais privilegiada de comunicação dos estados emocionais.
Podem ainda existir perturbações do controlo dos esfíncteres, revelando-se em algumas formas de enurese ou encoprese.
As queixas somáticas são também muito comuns como