Memórias
Foi um grande problema, pois a educadora disse aos meus pais que tinham de me tirar a chucha, depois quando os meus pais me tiraram foi um grande choque pois deixou-me marcas que ficaram gravadas na minha memória até hoje.
E tudo começou assim, ao segundo dia fui para a escola e não levei chucha. De manhã foi muito difícil, fartei-me de chorar, quando cheguei ao infantário, com os outros meninos depois lá passou, mas à noite era todos os dias uma birra, pois fartava-me de chorar, queria a chucha para dormir e a minha mãe não me dava, até que acabava por adormecer de tanto chorar. Um dia a minha mãe já estava tão farta de me ouvir, que pôs a chucha no piri-piri e deu-ma, aí é que foi chorar. Fui para a casa de banho e como não chegava ao lavatório, abri a torneira do bidê e tive mais de uma hora a lavar a língua, o ardor não passava, foi horrível. Então a minha mãe pendurou a chucha na cozinha, disse-me que a chucha estava doente e precisava de descansar, pedi.lhe para ir à farmácia comprar outra, entretanto ela disse que sim, fiquei contente e esperei ansioso pelo outro dia.
Quando a minha mãe me foi buscar à escola perguntei-lhe logo se tinha ido comprar a chucha e ela disse-me que tinha ido à farmácia mas quando chegou lá a senhora disse-lhe que as chuchas estavam todas doentes e que não as podia vender, ainda lhe perguntei porque não iam ao médico, mas ela disse-me que já tinham ido, só que não estavam boas. Quando cheguei a casa, lá ia eu para a cozinha e olhava para a chucha, que estava pendurada, nesse momento é que as lágrimas escorriam pelo meu rosto abaixo.
Foi assim durante algum tempo, às vezes a minha mãe perguntava-me se eu queria a chucha, mas eu só dizia que