Estruturalismo
O estruturalismo é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou do modelo da linguística e que apreende a realidade social como um conjunto formal de relações.
Origem
O termo estruturalismo tem origem no livro Cours de linguistique générale (em português, Curso de linguística geral) de Ferdinand de Saussure (1916), que se propunha a abordar qualquer língua como um sistema no qual cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elementos. Esse conjunto de relações forma a estrutura.
De um modo geral, o estruturalismo procura explorar as inter-relações (as "estruturas") através das quais o significado é produzido dentro de uma cultura.
O Curso de Saussure
Geralmente, Ferdinand de Saussure é visto como o iniciador do estruturalismo, principalmente devido a seu livro de 1916 'Curso de Linguística Geral'. Ainda que Saussure fosse, assim como seus contemporâneos, interessado em linguística histórica, desenvolveu no 'Curso' uma teoria mais geral de semiologia (estudo dos signos).
Essa abordagem se concentrava em examinar como os elementos da linguagem se relacionavam no presente ('sincronicamente', ao invés de 'diacronicamente'). Assim ele focou seus estudos não no uso da linguagem (o falar, ou a parole), mas no sistema subjacente de linguagem (idioma, ou a langue) do qual qualquer expressão particular era manifestação.
Estruturalismo na Linguística
O Curso de Saussure influenciou muitos linguistas no período entre a I e a II Grandes Guerras. Nos Estados Unidos, por exemplo, Leonard Bloomfield desenvolveu sua própria versão de linguística estrutural, assim como fez Louis Hjelmslev na Escandinávia.
Na França, Antoine Meillet e Émile Benveniste continuariam o programa de Saussure. No entanto, ainda mais importantes membros da Escola de Linguística de Praga como Roman Jakobson e Nikolai Trubetzkoy conduziram pesquisas que seriam muito influentes. O