Estrutura dos solos
1. Introdução
Na aula anterior viu-se que os solos são formados pela deterioração das rochas através do intemperismo que, por sua vez, é influenciado pela ação do clima, da rocha de origem, do relevo, dos organismos vivos e do tempo. Esse processo de transformação atua modificando a estrutura física da rocha original e aquilo que antes era um maciço de minerais passa a ser um “corpo” flexível composto por um aglomerado de pequenos grânulos separados por poros dentro dos quais circulam ar e água (FIGURA 01). Por isso, de modo geral, diz-se que a estrutura do solo é composta por: Ar, água e grânulos (Minerais).
FIGURA 01 – Processo de modificação da estrutura física da rocha original de maciço de minerais para um aglomerado de pequenos grânulos.
Os poros do solo são as estruturas responsáveis pela circulação e contenção da água e do ar que alimentam as raízes das plantas e os microorganismos terrestres. Aos poros de maior dimensão dá-se o nome de macroporos (localizados entre os agregados) e aos de menor microporos (situam-se dentro dos agregados).
2. Classificação da Estrutura dos Solos
A classificação da Estrutura dos Solos varia muito entre autores, todavia, todos os edafologistas consideram-na como sendo a forma com a qual as partículas (grânulos) se dispõem para compor os solos, considerando sempre as forças de agregação. Dentre as classificações vigentes, a mais adotada é a de NIKIFOROFF (1941). Ela é organizada em função da forma (tipo de estrutura), do tamanho (Classe da estrutura) e do desenvolvimento das unidades estruturais (Grau da estrutura).
2.1. Classificação quanto ao tamanho das partículas – Classes da Estrutura
A primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem. Em alguns tipos de terrenos os grânulos formadores podem ser visualizados a olho nu (por exemplo: os grãos de pedregulho ou da areia da praia) enquanto em outros as