Estress
Derivado da engenharia, o termo estresse se refere à ação de forças físicas sobre estruturas mecânicas. O que se observa é que conceituar o estresse tem sido abstrato para a biologia e medicina, chegando a um consenso que uma definição precisa ainda é difícil (CARLSON, 1994; SAPOLSKY, 2000).
Tal termo foi adotado pelos biólogos para definir um evento ou situação, de natureza física ou psicológica, que cria um estado de desequilíbrio do organismo ou a resposta elaborada por nosso corpo a essa perturbação, ou ambos (CARLSON, 1994; SAPOLSKY, 2000). A frase “reação de luta ou fuga” também foi introduzida para fazer referência às reações fisiológicas que nos prepara para um esforço extremo requerido para lutar ou fugir, ou seja, quando um animal é submetido a estímulos agudos, ameaçadores da homeostase, inclusive medo, fome, dor e raiva, o corpo deste animal apresenta uma reação em que se prepara para a luta ou para a fuga (MELLO FILHO et al, 1992; CARLSON, 1994; GUYTON e HALL, 1996).
Considera-se que o estresse é o reconhecimento de um estressor, que cria uma ameaça à homeostase, podendo determinar um estado de inquietude e tensão patogênicos em níveis físico e/ou psicológico, sendo as suas respostas de caráter adaptativo com a finalidade de neutralizar o estressor e restabelecer essa homeostase (MACFADDEN, 1999; CHROUSOS et al, 1997 apud NELSON, 2000). Segundo Silva (1976), Nelson (2000), Siegel e Cheu (2001), o termo estresse inclui o agente estressor, a resposta ao estresse e o mecanismo fisiológico entre esse agente e sua resposta.
Nesse sentido, a resposta fisiológica ao elemento estressor é dividida em três componentes: comportamental, autonômico e endócrino, que tem como finalidade a manutenção da homeostase, sendo, portanto, adaptativa para o organismo (McEWEN, 2000; SAPOLSKY, 2000; LOVALLO e THOMAS, 2000). No entanto, quando os organismos são submetidos a agentes estressores de elevada magnitude e/ou de longa duração, essa resposta pode se