Estratégias de notícias no Jornal Nacional
GT2. Estudios sobre periodismo
Autores: Prof. Ernane C. Rabelo et al1
Mestre pela Universidade Metodista de São Bernardo do Campo (SP)
Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (MG)
Prof. Adjunto do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa
Minas Gerais, Brasil.
Email: ernanerabelo@ufv.br
RESUMO
Tradicionalmente, desde o Século 18, tenta-se separar opinião de informação, news de coments (fatos e versões dos fatos), separação efetivamente didática que acabou sendo espertamente ou ingenuamente entendida como real, consequência de uma suposta estratégia de objetividade, um mito, segundo Chaparro (1994). A partir do século 19 prevalece o jornalismo informativo, a informação torna-se mercadoria. A TV e o rádio já nascem neste contexto mercantil. A expressão da opinião fragmentou-se, inclusive com novas tecnologias e ampliação do mercado editorial e com as novas mídias. Enquanto Erbolato (1991) afirma que a opinião deforma informação, que deve ser comunicada intacta, Chaparro (1994) sustenta não haver divisão entre news e comments mas entre estrutura de texto argumentativo (opinião) e narrativo (informação). Elegemos o Jornal Nacional da
TV Globo como objeto de pesquisa e analisamos dois meses de veiculação, que abrangem o período subsequente ao início das manifestações de rua que tomaram conta de todo o Brasil. Classificamos as matérias de acordo com gêneros e formatos e investigamos a valência de cada matéria, com predominância de cobertura “favorável”, “prejudicial” ou “neutra” para cada um dos atores
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Ana Luisa Lopes, Caíque Verli, Camila Leão, Jéssica Santana, Marina Mattos, Thalita Fernandes e Verônica
Valverde, graduandas de Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa (MG).
implícitos ou explícitos na reportagem. Tal valência não deferia se referir apenas ao conteúdo explícito da reportagem ou do fato em si, mas no