Surgimento do sesi senai

Capítulo III
Instituições Assistenciais e Serviço Social
O Estado Novo e o Desenvolvimento das Grandes Instituições Sociais
O Estado Novo foi um regime político que entrou em vigor a partir de novembro de 1937 e que teve fim no ano de 1945, sob governança do então presidente Getúlio Vargas e que se caracterizou como ditatorial e com características fascistas, utilizando da força e da perseguição política para manter o poder e domínio sobre a população.
A partir de 1930 iniciou-se a transição de uma economia exclusivamente agroexportadora, dependente do mercado externo para um sistema que começava a valorizar a indústria e fortalecer o mercado interno, e com isso, ocorre o aprofundamento do modelo corporativista. O liberalismo cedeu lugar ao nacionalismo e ao intervencionismo estatal na economia, pois foi a partir deste momento que o Estado assumiu a função de agente do desenvolvimento econômico, e notou-se que essa função se intensificou a partir de 1937 com o Estado Novo.
A expansão da industrialização originou um crescimento do proletariado urbano que lançou no quadro político um amplo contingente de população. Essa população é a Força de Trabalho liberada pela capitalização interna da agricultura, que chegou aos centros urbanos sem estarem adaptados a disciplina e condição de vida e trabalho industrial-urbano, alterando continuamente a composição política e social da cidade. A integração dessa população foi assim um elemento dinâmico para a estrutura corporativista para o fortalecimento do seu projeto de neutralizar os componentes autônomos e revolucionários.
Devido a essa integração o Estado buscou a partir da Legislação Social a legitimação de algumas reivindicações populares como forma de gerir a crise e para isso se fez um reconhecimento legal da cidadania do proletariado, surgem dessa legitimação os direitos. Percebe-se assim a ideia fundamental de sociedade que o Estado queria impor à nação, uma sociedade que se baseava na ausência de conflitos, na