Estratégias de domínio
No curso de Ciências Sociais costumeiramente discutimos sobre estratégias de domínio, utilizadas por governos autoritários, governos estes que muitas vezes evoluem e se tornam totalitários, ditatoriais.
Duas dessas estratégias, talvez as mais comuns e eficazes, são a batalha contra a crítica e o monopólio da educação. Olhando para o passado, em tempos da ditadura militar, talvez fique mais fácil entende-las.
Lembram-se das consequências enfrentadas por aqueles que resolviam criticar o regime militar? Lembram-se de como eram perseguidos, presos, torturados, extraditados e por vezes mortos? Tudo com um único objetivo: calar a critica, não permitindo assim que a massa populacional tivesse contado com pensamentos insurgentes, sejam artísticos, políticos ou filosóficos, ainda que fossem pensamentos justos, pois o que importava era manter a ordem e, com isso, o domínio do povo, conduzindo-o livremente sem maiores percalços.
Da mesma maneira, se considerarmos a educação, havia um controle extremamente rígido. Disciplinas como a filosofia e outras ciências, que buscavam a transformação da mente e a capacidade de argumentação crítica e analítica, foram quase extintas, especialmente no ensino público. Havia também um controle austero do corpo docente e, por conta disso, muitos professores foram também vítimas do regime, perdendo direitos ao magistrado, sendo presos, etc. A ditadura sabia que a educação poderia construir pensamentos revolucionários, contrários ao regime, caso tivesse liberdade e a capacidade de desenvolver cidadãos esclarecidos.
Estas estratégias são bem comuns hoje em dia também, o que trás indícios de que nossa atual conjuntura política não está tão distante assim de um novo regime totalitário.
Porém, estes conceitos não estão presentes apenas nos regimes políticos. Por se tratarem de estratégias eficazes, muitos se utilizam desse expediente, inclusive a igreja. Este artigo é, portanto, mais um