Estratégias de cruzamento
No Brasil, a produção de leite está mais situada nas regiões do Cerrado e Mata Atlântica onde o clima tropical é o predominante, com isso a utilização de animais mestiços vem crescendo a cada ano, pois o animal mestiço se adapta melhor a nessas condições. Na pecuária leiteira, se considera gado mestiço, animais derivados do cruzamento de uma raça pura de origem europeia , especializada na produção de leite, com uma raça zebuína que é mais rustica e se adapta melhor aos trópicos, como é o caso do gado Girolando.
O produtor rural, hoje se dispõe de diversas opções de raças puras para a produção de leite, se dispondo também de diversas opções para o cruzamento entre raças europeias, e de europeias com zebuínas, variando a composição genética. Resultando em maiores níveis de heterose, os cruzamentos envolvendo uma raça europeia e com uma zebuína se destacam entre os cruzamentos de animais da mesma origem. No Brasil a maior parte do gado com produção de leite, vem do cruzamento do animal Holândes com o Gir e dentre as estratégias de cruza, as mais utilizadas são o cruzamento simples (com produção de F1), cruzamento absorvente, cruzamento alternado simples (também conhecido como rotacional), cruzamento alternado com repetição e cruzamento triplo ou “tricross”, (EMBRAPA, 2014).
Cruzamento simples (com produção de F1): Com o cruzamento de animais de raças diferentes, como o touro (ou sêmen) de raça europeia e vaca zebuína (ou vice-versa), obtêm-se os animais de meio sangue ½ (EZ, Figura X), que com pai e mãe de raças distintas são chamados de F1. No cruzamento, onde há uma vaca Gir e um touro Holandês, o esperado é que a fêmea F1 apresente as características da raça Holandesa, como o bom porte, maior precocidade e produção leiteira, e características como a maior resistência a parasitas, maior tolerância ao calor e maior rusticidade trazidas da raça Gir. A produção do gado F1 depende muito da qualidade genética de seus progenitores, sendo