Estratificação e Mobilidade Social
Conceito de Estratificação Social
Por definição, a estratificação de algo é a divisão em camadas hierarquicamente sobrepostas, logo, a estratificação social é a divisão da sociedade em várias camadas ou grupos distintos, com diferentes níveis de relevância ou poder.
Assim, a sociedade é dividida com base nas diferenças entre cada indivíduo, sendo que há três principais tipos de estratificação social:
Estratificação económica: tem em conta a posse de bens materiais, e classifica os indivíduos como “ricos”, “pobres” ou “em situação intermédia”; Estratificação política: baseada no poder que um indivíduo tem na sociedade; Estratificação profissional: baseada nos diferentes níveis de importância atribuídos a cada cargo.
Além destes três tipos, podemos ainda encontrar fatores para a estratificação da população em áreas como:
- O nível de escolaridade; - O nível de cultura; - O género; - A etnia; - A religião.
A estratificação social implica, claro, que os indivíduos e grupos sociais gozem de um acesso desigual aos privilégios, sendo que os mais recompensados e privilegiados se encontram nos estratos sociais superiores, e os menos afortunados nos estratos inferiores.
Estratificação Social na Antiguidade Clássica
Podemos encontrar um exemplo de estratificação na Antiguidade Clássica na sociedade grega, que estava dividida entre o grupo dos cidadãos (os mais privilegiados), que consiste num grupo de “homens livres”, nascidos nas cidades-estado, proprietários de terras e possuidores de boas condições económicas, sendo também os únicos membros da sociedade com direitos políticos; o grupo dos estrangeiros, indivíduos de outras cidades-estado que, por isso, não podiam participar na vida política; e por fim o grupo social dos escravos, que constituíam a maioria da sociedade e eram principalmente prisioneiros comercializados.
Estratificação Social na Idade Média
Na Idade Média, a sociedade estava estratificada